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Quer doar sangue? Saiba como, onde e porque fazê-lo

14 Jun 2024 - 08:30

Quer doar sangue? Saiba como, onde e porque fazê-lo

Todos os anos, a 14 de junho, celebra-se o Dia Mundial do Dador de Sangue, uma data criada pela Organização Mundial de Saúde há 20 anos para agradecer aos dadores de sangue pelo seu contributo e promover a dádiva. 

Em Portugal, a campanha do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) deste ano chama-se “Amigo Secreto” e incentiva a população a sentir “a alegria de ajudar alguém que não conhece”. 

Apesar de todas as ações de incentivo à doação de sangue, podem existir algumas dúvidas sobre como fazê-lo. A pensar nisso, o IPST explica ao Viral como, onde e porque deve candidatar-se à dádiva de sangue.

Onde se pode doar sangue?

Em esclarecimentos enviados ao Viral, o IPST adianta que é possível doar sangue “nos Centros de Sangue e da Transplantação de Lisboa, Porto e Coimbra e nas sessões móveis de colheita organizadas por estes, ou nos hospitais com serviço de colheita de sangue em todo o território continental e nas regiões autónomas”. 

Os Centros de Sangue e da Transplantação “funcionam de segunda a sábado, das 8h00 às 19h30” e as sessões móveis de colheita “realizam-se diariamente, durante a semana e ao fim de semana, em todo o país”.

Toda a informação sobre os locais específicos onde se pode doar sangue está disponível aqui.

Como doar sangue?

O IPST avança que, além de ser “necessário deslocar-se a um local com colheita de sangue” para fazer a doação, é preciso levar “um documento oficial com fotografia (como o Cartão do Cidadão ou o Passaporte)”.

Para ser elegível, o possível dador tem de preencher alguns critérios, nomeadamente “ter mais de 18 anos (a primeira dádiva após os 60 anos depende de critério médico); peso igual ou superior a 50 kg e estar saudável”.

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Ainda antes da colheita, é feita “uma entrevista com um profissional de saúde qualificado, uma triagem clínica, em que se avalia se a pessoa está em condições de fazer uma dádiva de sangue”.

Esta seleção, regrada por um “conjunto de princípios e critérios clínicos gerais e específicos”, permite garantir “a segurança da pessoa candidata à dádiva e da pessoa recetora da transfusão, bem como a qualidade do produto”, explica o IPST. 

Nesta avaliação são tidas em conta “situações de saúde e de doença, medicamentos, viagens, comportamentos e estilos de vida”.

Existem, de facto, condições ou situações que podem impedir temporariamente ou de forma permanente a dádiva de sangue.

Por exemplo, num texto publicado no site do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24), refere-se que pessoas com diabetes tipo 1 não podem candidatar-se à dádiva.

Além disso, durante a gravidez e enquanto se amamenta, também não é possível doar sangue. Para mais, uma interrupção da gravidez está associada a “um período de suspensão de seis meses”, salienta-se.

Pessoas que tenham feito uma tatuagem ou um piercing, que tenham sido operadas (sem complicações ou transfusão de sangue), ou que tenham feito um exame endoscópio, só podem doar sangue quatro meses após esse evento.

Porque devemos doar sangue? 

O IPST avança ao Viral que, em 2022 (últimos dados disponíveis), “foram colhidas 306796 dádivas em Portugal, das quais 32 930” foram de pessoas que doaram sangue “pela primeira vez, tendo-se transfundido um total de 295094 de concentrados eritrocitários”.

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Segundo a mesma fonte, “os hospitais portugueses precisam em média de 1000 a 1100 unidades de sangue para fazer face às necessidades dos doentes”. 

Uma vez que “o sangue não se fabrica artificialmente”, pois “só o ser humano o pode doar, alguns doentes “dependem da dádiva para poderem receber os tratamentos de que precisam”, frisa.

Assim, na perspetiva do IPST, doar sangue é um ato de extrema importância e deve ser promovido. “A dádiva de sangue é gesto voluntário e altruísta” e é “graças aos dadores de sangue” que  “muitas vidas são salvas e os doentes podem ter mais e melhor vida”, reforça. 

Além disso, acrescenta, doar sangue “não dói, não tem contraindicações para um adulto saudável, e uma dádiva de sangue demora aproximadamente 30 minutos”.

As pessoas que se candidatam à dádiva, além de contribuírem para salvar vidas, têm um conjunto de direitos (e deveres) enquanto dadores.

De acordo com outro texto do SNS, “a pessoa dadora de sangue é elegível para a isenção do pagamento das taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, nos termos da legislação em vigor”.

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Mas o dador só tem esse direito se tiver “efetuado mais de 30 dádivas na vida”, se tiver doado sangue duas vezes “nos últimos 12 meses à data que se coloca a questão de isenção”, ou se tiver “um mínimo de dez dádivas”, caso esteja “impedido temporária ou definitivamente para a dádiva de sangue por razões de ordem médica”.

14 Jun 2024 - 08:30

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