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Posso fumar antes de fazer análises ao sangue?

1 Jun 2024 - 09:12

Posso fumar antes de fazer análises ao sangue?

Saber o que fazer e o que evitar nas horas anteriores às análises ao sangue é fundamental para garantir resultados mais precisos. Consoante o exame laboratorial em questão, pode ser pedido aos doentes, por exemplo, que fiquem um determinado número de horas em jejum ou que suspendam temporariamente a toma de um medicamento em específico. Mas será que fumar antes de um exame pode também interferir com os resultados?

É recomendado não fumar antes de fazer análises ao sangue?

Em declarações ao Viral, Paulo Santos, especialista em Medicina Geral e Familiar e professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), começa por explicar que “fumar interfere numa grande quantidade de funções do organismo”.

Assim sendo, além de fazer “subir o valor da pressão arterial” e “o valor da pulsação do coração”, fumar antes de um exame pode também interferir “com valores das análises, nomeadamente ao nível do açúcar, porque altera ligeiramente para cima o valor da glicose”. Ou seja, os resultados podem ser imprecisos, indicando um nível de glicose mais alto do que o verdadeiro.

Já no caso das análises ao “colesterol e aos triglicerídeos”, fumar pode ter o efeito contrário, ao fazer “baixar ligeiramente o valor do colesterol e dos triglicerídeos, que, nas análises, poderá ser mais ‘simpático’ do que é na vida real”.

Noutro plano, fumar pode também interferir, por exemplo, com os resultados de outro tipo de exames, como, por exemplo, a medição do teor de monóxido de carbono no ar expirado.

Paulo Santos adianta, por isso, que, no dia das análises, os doentes devem evitar fumar, pelo menos, nos trinta minutos anteriores ao exame, lembrando que o ideal seria abandonarem por completo este hábito cujos inúmeros malefícios estão comprovados.

O tabaco é responsável por mais de oito milhões de mortes, por ano, no mundo inteiro. Tal como se explica no site da Organização Mundial da Saúde (OMS), fumar “é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares e respiratórias, mais de 20 tipos ou subtipos diferentes de cancro e muitos outros problemas de saúde debilitantes”.

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Nesse sentido, a Direção-Geral da Saúde (DGS) aconselha os fumadores a falarem “com o seu médico ou enfermeiro de família” para serem ajudados “na cessação tabágica”, ou seja, a deixar de fumar.

“O médico fará uma avaliação breve da motivação e da possível dependência nicotínica e dará a orientação mais adequada para definir o dia para deixar de fumar (“dia D”). Também o ajudará a preparar-se com um conjunto de medidas para os dias mais difíceis após deixar de fumar”, conclui a DGS.

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1 Jun 2024 - 09:12

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