Quando se esquece de um compromisso ou lhe falha a memória várias vezes num curto período, é provável que ouça algo como isto: “deves andar a comer muito queijo”. Esta expressão popular serve para designar alguém que tem dificuldade em lembrar-se das coisas. Mas será que o consumo regular de queijo prejudica a memória?

É verdade que comer queijo prejudica a memória?

Apesar de a antiga e popular expressão “andas a comer muito queijo” ser utilizada para descrever alguém muito esquecido, o nutricionista Leandro Oliveira adianta não existir “evidência científica” robusta que mostre “que o consumo regular de queijo traga problemas de memória”.

O investigador no Centro de Investigação em Biociências e Tecnologias da Saúde (CBIOS) da Universidade Lusófona sublinha, aliás, que “os queijos e os outros laticínios fornecem cálcio, fósforo e outras vitaminas e minerais que são essenciais para o nosso desempenho cognitivo e para a nossa memória”.

Existem até alguns estudos (como este, este e este) que sugerem que o consumo de queijo e de outros laticínios possa estar associado a efeitos positivos nas funções cognitivas.

Os laticínios fazem parte da Roda dos Alimentos, um guia que serve para ajudar a população a fazer boas escolhas e combinações alimentares.

Nesse sentido, no site do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) encontra-se a seguinte recomendação: “consuma laticínios, duas vezes por dia”.

No mesmo texto recomenda-se dar “preferência a lacticínios magros” e sublinha-se que “estes alimentos contribuem para a boa saúde dos seus ossos”.