
Nutrição
Não, o açúcar não deixa as crianças hiperativas
Para muitos pais, só de pensar em levar os filhos a uma festa de aniversário já é uma dor de cabeça. Também pensa que a explosão de energia que os mais novos têm nessas alturas se deve aos doces que comem?
Um estudo publicado no New England Journal of Medicine em 1994 acompanhou crianças e famílias por períodos de três semanas, dividindo-as por grupos: umas fizeram uma alimentação com consumo elevado de sacarose, outras com um adoçante artificial, o aspartame, e outras receberam placebo. Todas as famílias passaram pelos três grupos, num total de nove semanas de investigação, e durante esse período foi pedido aos pais que monitorizassem o comportamento dos filhos. No fim da pesquisa, os investigadores concluíram que nem a sacarose, nem o aspartame “produzem efeitos cognitivos ou comportamentais discerníveis em crianças em idade pré-escolar ou em crianças em idade escolar que se acredita serem sensíveis ao açúcar”.
No ano seguinte, uma meta-análise publicada no JAMA que olhou para os resultados de 16 estudos sobre a influência do açúcar no comportamento das crianças também chegou à mesma conclusão: o açúcar não afeta o comportamento ou a performance cognitiva das crianças.
No fim da pesquisa, os investigadores concluíram que nem a sacarose, nem o aspartame “produzem efeitos cognitivos ou comportamentais discerníveis em crianças em idade pré-escolar ou em crianças em idade escolar que se acredita serem sensíveis ao açúcar”.
Segundo um artigo publicado na página Yale Scientific a ligação entre açúcar e comportamento agitado das crianças pode estar, surpreendentemente, nas crenças dos pais sobre a influência dos doces. E já começa a aparecer investigação científica precisamente a demonstrar que “os pais que acreditam na ligação entre o açúcar e a hiperatividade a veem, embora os outros [que não acreditam] não”. Foi a essa conclusão que chegou o estudo publicado no Journal of Abnormal Child Psychology, o órgão oficial da International Society for Research in Child and Adolescent Psychopathology. Neste trabalho pais a quem disseram que os filhos tinham ingerido grandes doses de açúcar reportaram que, de facto, os filhos tinham estado mais hiperativos. Só que, na verdade, o que as crianças tinham recebido era um placebo e não doces.
Segundo um artigo publicado na página Yale Scientific a ligação entre açúcar e comportamento agitado das crianças pode estar, surpreendentemente, nas crenças dos pais sobre a influência dos doces. E já começa a aparecer investigação científica precisamente a demonstrar que “os pais que acreditam na ligação entre o açúcar e a hiperatividade a veem, embora os outros [que não acreditam] não”.
Outra possibilidade mencionada no texto da página da revista científica da americana Yale University é que as crianças tendem a ficar mais animadas em eventos como aniversários ou festas escolares, onde geralmente são servidos alimentos açucarados.
Apesar de não haver evidência que o açúcar deixe as crianças mais ativas e impertinentes, isso não quer dizer que se deva deixar os mais novos comerem doces quando lhes apetece.
Já se sabe que o segredo para uma vida saudável será sempre a moderação e a consistência na escolha de uma dieta equilibrada para toda a família.
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