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Cuidados e ingredientes para pele oleosa: O que precisa de saber

2 Mar 2024 - 10:17

Cuidados e ingredientes para pele oleosa: O que precisa de saber

O brilho “excessivo”, os poros dilatados e a maior propensão para o aparecimento de borbulhas são alguns dos motivos que geram desconforto e insatisfação nas pessoas com pele oleosa.

Numa tentativa de contornar o incómodo causado por estas questões, é tentador passar a lavar o rosto mais vezes do que as recomendadas ou deixar de aplicar hidratante nas peles oleosas. No entanto, estas práticas estão erradas e podem piorar a situação.

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Mas, afinal, como devemos cuidar da pele oleosa? Quais os ingredientes a privilegiar? E quais devemos evitar? As respostas estão neste artigo.

Como cuidar da pele oleosa?

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Em declarações ao Viral, a farmacêutica pós-graduada em cosmetologia avançada e autora da página Make Down, Sara Fernandes, explica que, para cuidar de qualquer tipo de pele (oleosa, mista ou seca), “a limpeza, a hidratação e a proteção solar são inegociáveis”.

No caso da pele oleosa, a hidratação deve ser “um pouco mais leve”, ou seja, “menos gordurosa”, com “produtos à base de água e que reestabeleçam a hidratação da pele”.

Quanto à textura, podem escolher-se hidratantes em “gel”, uma “emulsão leve” ou os chamados “séruns”. Isto é, “pode ser aquilo que a pessoa gostar, desde que se sinta bem e se sinta hidratada e não sinta que, no todo, a rotina está muito pesada”.

Embora possa ser tentador lavar a pele oleosa mais vezes do que as recomendadas numa tentativa de reduzir o excesso de sebo, esta prática não é recomendada, pois vai “causar uma disrupção da barreira cutânea e da microbiota”.

Isto é, “quando lavamos demasiado o rosto, estamos a matar as bactérias boas que temos na pele”.

O ideal é lavar o rosto, no máximo, duas vezes por dia, com produtos adequados ao tipo de pele, que não sejam demasiado detergentes nem causem irritação.

Na página da “Academia Americana de Dermatologia” também se aconselha as pessoas com pele oleosa a “utilizarem um produto de limpeza facial suave e com espuma”.

“Utilizar um produto de limpeza facial demasiado forte pode irritar a sua pele e provocar um aumento da produção de óleo. Em vez disso, procure um produto de limpeza facial suave e delicado”, lê-se no mesmo texto.

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Que ingredientes privilegiar?

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Sara Fernandes lembra que é normal algumas peles serem mais oleosas do que outras. Assim sendo, assinala, “o grande problema da oleosidade é que, muitas vezes, traz problemas de pele como, por exemplo, comedões e filamentos sebáceos”.

Ainda assim, lembra, “há uma série de ingredientes que podemos utilizar para prevenir estas ‘complicações’ que surgem com o excesso de sebo”. São eles:

A niacinamida – “que é seborreguladora”, ou seja, “vai ajudar na regulação da produção de sebo”;

O ácido salicílico – “que é um pequeno esfoliante que ajuda na prevenção de comedões e neste ‘entupimento’ das glândulas sebáceas”;

O ácido azelaico – “que ajuda na regulação do sebo, é anti-inflamatório e é ligeiramente esfoliante”;

O retinol – “que também ajuda bastante, especialmente em quem tem acne e estes sinais de pele obstruída”;

Os detergentes suaves – “todos os ingredientes que têm uma ação de limpeza também são muito importantes”.

Como incluir estes ingredientes na rotina de cuidados de pele?

Questionada sobre como incluir estes ingredientes na rotina de cuidados de pele de forma segura e eficaz, Sara Fernandes começa por explicar que, atualmente, a maioria dos cosméticos no mercado “contém niacinamida em alguma percentagem”.

Por isso, este ingrediente pode ser incluído em qualquer passo da rotina, estando presente em diferentes cosméticos, “desde os produtos de limpeza aos tónicos, hidratantes e protetores solares”.

Quanto ao ácido azelaico e ao retinol, o ideal é utilizar “produtos que já combinam os dois ingredientes”. 

Segundo a autora da página Make Down, “comprar um cosmético que já tem os ingredientes combinados” é preferível a “misturar dois produtos diferentes com os ingredientes em mais elevada percentagem” para minimizar o “risco de irritação” cutânea.

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Se não for possível comprar um produto que contenha os dois ingredientes, o ácido azelaico deve ser usado de manhã e o retinol à noite, sendo que, na manhã seguinte, a proteção solar é indispensável.

Que ingredientes evitar?

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Como todas as peles (mesmo as oleosas) são diferentes, Sara Fernandes aponta que a lista de ingredientes a evitar numa pele oleosa “varia de pessoa para pessoa”.

Ainda assim, a farmacêutica considera que, provavelmente, “seria importante evitar óleos muito espessos (como os óleos de jojoba, de rosa mosqueta, de argão ou de coco), porque estes vão aumentar a obstrução na pele”.

Além disso, devem ser evitados produtos muito “oclusivos” como a vaselina.

Quando ir ao dermatologista?

“Quando a pessoa sente complexos em relação ao excesso de oleosidade na pele, acho que vale sempre a pena visitar um dermatologista”, defende Sara Fernandes.

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Noutro plano, acrescenta, é também importante visitar um profissional destes “quando há acne”.

A pós-graduada em cosmetologia avançada lembra que “a acne caracteriza-se por lesões na pele, borbulhas, comedões, pontos negros” e que, “quando começam a ser já vário comedões – e não uma borbulha esporádica que aparece na altura da menstruação -, passa a ser uma situação clínica e tem de ser tratada”.

“Portanto, aquilo que eu incentivo as pessoas a fazerem é procurarem ajuda nessa altura, não deixarem arrastar a situação, porque pode piorar, pode causar marcas e pode deixar marcas para toda a vida. É sempre boa ideia atacar no início da doença, independentemente da idade”, conclui.

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Pele

2 Mar 2024 - 10:17

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