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Da praia ao piquenique. Como evitar intoxicações alimentares no verão

13 Jun 2024 - 08:30

Da praia ao piquenique. Como evitar intoxicações alimentares no verão

Passar as férias com dores de cabeça, náuseas, vómitos e diarreia não é uma experiência agradável para ninguém. Por isso é que, no verão, quando as temperaturas estão mais elevadas e os alimentos se estragam com mais facilidade, devem ser tidos cuidados para evitar intoxicações alimentares.

Em declarações ao Viral, a professora na área da segurança alimentar no Instituto Superior de Engenharia (ISE) da Universidade do Algarve, Isabel Ratão, deixa algumas recomendações.

Que cuidados ter para evitar intoxicações alimentares no verão?

Isabel Ratão começa por explicar que “as intoxicações alimentares podem surgir após o consumo de alimentos contaminados por toxinas, produzidas por microrganismos” e podem manifestar-se em “vómitos, náuseas, dor de cabeça e diarreia, assim como cansaço extremo, fraqueza e desidratação”.

Nesse sentido, “no verão, as temperaturas são mais elevadas, pelo que, se não tivermos o cuidado de manter os alimentos devidamente refrigerados, os microrganismos vão-se desenvolver mais rapidamente, com a correspondente produção de toxinas”, continua.

Durante o inverno, as merendas “transportadas nas lancheiras, com um pequeno acumulador de gelo”, até podem conseguir aguentar “quase o dia todo”. Já no verão, “o gelo ganha temperatura muito rapidamente no verão, subindo a temperatura dentro da lancheira e permitindo que os alimentos se comecem a degradar muito rapidamente devido ao acelerado crescimento dos microrganismos”, aponta.

Por isso, a especialista considera que, além de todos os cuidados que devemos ter com os alimentos durante o ano inteiro, na época mais quente devemos ter “especial atenção às condições de refrigeração”.

Segundo a professora do ISE, “o consumo de marisco e pescado deve ser feito exclusivamente em locais cujas condições de higiene e refrigeração sejam confiáveis” e “devem-se verificar as condições dos apoios de praia, por exemplo”.

“Se cozinharmos os alimentos em casa ou no campo/praia, devemos ter especial cuidado com o local onde os compramos e ao modo como os transportamos e conservamos. É muito importante que nunca se interrompa a cadeia de frio e que nunca se permita o contacto entre alimentos crus e cozinhados”, acrescenta.

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Além disso, alerta Isabel Ratão, “devemos optar por alimentos sempre bem cozinhados, sobretudo carne, peixe e ovos”.

Os alimentos cozinhados em casa, para serem transportados para o campo ou para a praia, “devem ser arrefecidos imediatamente e transportados sempre em condições de refrigeração”.

“Se reaquecer alimentos já cozinhados assegure-se que todo o alimento é aquecido de forma uniforme. No caso do aquecimento em micro-ondas, vá homogeneizando os alimentos, parando o processo várias vezes durante o aquecimento”, recomenda.

Por fim, a especialista lembra que “as saladas ou outros alimentos crus devem ser sempre devidamente higienizados e mantidos em refrigeração”.

Recomendações semelhantes são partilhadas na página dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América (CDC, na língua inglesa), que sublinham ainda a importância de “lavar as mãos antes de manusear qualquer alimento e depois de tocar em carne crua, aves ou marisco”.

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13 Jun 2024 - 08:30

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