Ver uma criança com uma convulsão febril é um momento assustador para pais e cuidadores, embora estas situações raramente tragam sequelas. Ainda assim, é importante saber o que fazer perante tal cenário.

O que é uma convulsão febril?

“Uma convulsão febril é uma crise desencadeada por febre superior a 38 ºC e, geralmente, caracterizada pela perda de sentidos, revirar dos olhos, corpo rígido e tremor dos braços e pernas”, esclarece-se num texto explicativo publicado no site do SNS 24.

Durante a crise, explica-se no mesmo documento, “a vítima pode ficar com os lábios roxos, espumar pela boca ou urinar”.

Estas crises “são mais comuns entre os 6 meses e os 5 anos de idade” e, embora a causa não seja “totalmente conhecida”, os fatores genéticos “têm um papel importante, e se o pai ou a mãe tiveram convulsões febris, durante a sua infância, o risco é superior”.

“Habitualmente, uma convulsão febril pode ser provocada por um aumento brusco da temperatura do corpo, frequentemente resultado de uma infeção”, adianta a mesma fonte.

Embora na maior parte dos casos estas situações não tragam sequelas, assinala-se a importância de “perceber o que causa a febre, particularmente, se existirem sinais clínicos que possam sugerir infeções do sistema nervoso central, nomeadamente, meningites e/ou encefalites”.

O seu filho teve uma convulsão febril? O que fazer

Num texto plublicado na secção “gestos que salvam vidas” do site do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) aconselha-se, perante uma convulsão febril, “proteger a criança”, sem a segurar e sem contrariar os movimentos.

Por outro lado, recomenda-se “colocar almofadas à volta da criança para evitar que se magoe”.

É também importante arrefecer a criança: “Retire-lhe a roupa e dê-lhe um banho com água tépida; abra uma janela, se possível, mas não deixe a vítima arrefecer demais”, expõe-se no mesmo texto.

No site do INEM recomenda-se ainda que “assim que a convulsão terminar”, se coloque a criança em “Posição Lateral de Segurança”.

Além disso, é relevante verificar e anotar, “de forma regular, o estado de consciência, a respiração e a pulsação” da criança.

Por fim, segundo o texto do SNS 24, “se for a primeira convulsão” deve ligar “para o SNS 24 (808 24 24 24)” ou “para a linha do INEM (112), no caso de se tratar de uma emergência”.