Editorial: Viral entra na IFCN e junta-se aos melhores projetos de fact-checking do mundo

Editorial: Viral entra na IFCN e junta-se aos melhores projetos de fact-checking do mundo

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A prenda de aniversário do Viral chegou poucos dias antes de completarmos um ano. Recebemos esta semana a notícia da acreditação da International Fact-Checking Network (IFCN), e é com grande honra e forte sentido de responsabilidade que partilhamos com os nossos leitores a importância desta conquista.

Qual a importância da acreditação da IFCN?

A IFCN foi criada pelo prestigiado Poynter Institute e é uma rede global que junta os melhores projetos jornalísticos mundiais de fact-checking, como o Politifact (vencedor de um Pulitzer do jornalismo americano), o Maldita.es e a Agência Lupa

Para entrar nesta rede, passámos por um processo de avaliação exigente e rigoroso, em que o nosso estatuto editorial, a nossa política de transparência, o nosso método e os nossos princípios foram analisados ao detalhe por um perito.

Por isso, terminar este processo com uma resposta positiva e com a acreditação de uma aliança – que conta com mais de 100 organizações de verificação de factos – é bom para nós, Viral, e é bom para quem nos lê.

Se até hoje fazíamos o nosso trabalho de modo rigoroso, baseado em evidência científica e consultando especialistas habilitados, agora o escrutínio sobre o nosso trabalho crescerá, obrigando-nos a ser melhores nesta luta para travar correntes de desinformação e fake news sobre saúde.

Ao aderir à IFCN, comprometemo-nos a seguir os cinco pontos do Código de Princípios da organização:

1 – Compromisso com o não partidarismo e com a justiça

Os signatários analisam as declarações utilizando o mesmo padrão para todos os fact check. Não concentram a sua prática de verificação dos factos num ou noutro lado. Seguem o mesmo processo para cada fact check e deixam as evidências ditar as nossas conclusões. Não tomam partido relativamente aos assuntos que verificamos.

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2 – Compromisso com a transparência das fontes

Os signatários pretendem que os seus leitores possam verificar as conclusões por si próprios. Fornecem informação sobre todas as fontes com detalhe suficiente para que os leitores possam replicar o trabalho, exceto em casos em que a segurança pessoal de uma fonte possa ficar comprometida. Nesses casos, fornecem o maior número de detalhes possível.

3 – Compromisso com a transparência do financiamento

Os signatários são transparentes em relação às fontes de financiamento. Se aceitam financiamento de outras organizações, garantem que os financiadores não têm qualquer influência nas conclusões a que chegam nos seus artigos. Detalham o perfil profissional de todas as figuras-chave da sua organização, e explicam a sua estrutura organizacional e estatuto legal. Indicam claramente aos leitores uma forma de comunicarem com a organização.

4 – Compromisso com a transparência da metodologia

Os signatários explicam a metodologia que usam para selecionar, investigar, escrever, editar, publicar e corrigir os fact-checks. Estimulam os leitores a enviar declarações para verificar e são transparentes sobre porque e como investigam.

5 – Compromisso com correções abertas e honestas

Os signatários publicam a sua política de correções, que seguem escrupulosamente. Corrigem de forma clara e transparente, em linha com a sua política de correções, procurando ao máximo assegurar que os leitores veem a versão corrigida.

Os olhos estão postos sobre nós. E isso não podia ser mais entusiasmante. Já somos o primeiro jornal português de fact-checking de saúde, mas queremos ser mais. Queremos ser o primeiro link que abre quando tem dúvidas sobre a veracidade de um texto, de uma ideia ou do teor de uma conversa de café. Mas para isso precisamos de si. E temos um convite a fazer-lhe: peça-nos um fact check. Os nossos e-mails e redes sociais estão sempre abertos às suas sugestões. Ajude-nos a travar a desinformação em saúde.

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Editorial | Fact-checking | IFCN

20 Out 2022 - 03:47

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