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Ver televisão muito perto do ecrã faz mal aos olhos. Acredita mesmo nisto?
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Ver televisão muito perto do ecrã faz mal aos olhos. Acredita mesmo nisto?

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“Não te sentes muito perto da televisão que faz mal aos olhos”. Esta afirmação poderá ter marcado a infância de muitos, atravessando gerações. Mas terá correspondência na realidade dos factos?

A resposta é negativa. A Academia Americana de Oftalmologia avança que esta afirmação é “um mito popular” e que “sentar-se muito perto da TV não vai provocar danos nos olhos, mas pode causar cansaço ocular”.

Este mito está muito associado às crianças, sobretudo por ser também esta faixa etária que normalmente mais se senta perto do televisor. No entanto, a Academia Americana de Oftalmologia acrescenta que as crianças “conseguem focar a pouca distância sem causar cansaço ocular melhor do que os adultos”. Esta capacidade é identificada também noutros objetos e atividades, como, por exemplo, na leitura.

Há também outra razão para este mito: em 1968, a General Electric produziu um novo modelo de televisões a cores que emitia radiações mais elevadas do que os valores considerados seguros pelas entidades federais de saúde da altura. Perante esse modelo – que foi retirado do mercado – não era aconselhável estar muito perto da TV durante um longo período tempo. A radiação emitida era, na verdade, consideravelmente baixa – muito inferior até à que é utilizada num exame de raio-X comum. Esta questão da radiação não se coloca com os aparelhos modernos de televisão.

Apesar de não causar problemas de visão, é importante estar atento ao comportamento da criança. Caso repare que o seu filho frequentemente se senta muito perto da televisão, esta atitude pode ser justificada por um problema de visão não identificado. Ou seja, a criança procura estar mais perto da TV porque tem dificuldade em ver quando está longe. Estas situações podem também estar na base do mito, uma vez que os pais que veem os filhos sentarem-se muito perto da televisão acabam por relacionar este acontecimento com diagnóstico posterior da criança. No entanto, a condição já existia anteriormente e não foi causada pela televisão.

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Em 1968, a General Electric produziu um novo modelo de televisões a cores que emitia radiações mais elevadas do que os valores considerados seguros pelas entidades federais de saúde da altura. Perante esse modelo – que foi retirado do mercado – não era aconselhável estar muito perto da TV durante um longo período tempo. A radiação emitida era, na verdade, consideravelmente baixa – muito inferior até à que é utilizada num exame de raio-X comum. Esta questão da radiação não se coloca com os aparelhos modernos de televisão.

O tempo passado à frente da televisão e de outros ecrãs é cada vez mais um problema para as crianças. Segundo a Fundação Nemours KidsHealth, estes meios – que podem “ser fonte de aprendizagem e entretenimento” –, quando em exagero, “podem retirar [tempo a] outras atividades, como dormir, fazer exercício, brincar com os amigos e fazer o trabalho de casa”. “Estudos mostram que crianças que veem muita TV têm maior probabilidade de ter excesso de peso e – dependendo do conteúdo que veem – serem mais agressivas. Excesso de TV pode também estar ligado a baixas notas [escolares], problemas ao dormir e problemas de comportamento.”

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Oftalmologia

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Oftalmologia | visão

2 Dez 2021 - 12:50

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