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Café curto tem mais cafeína do que o cheio?
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Café curto tem mais cafeína do que o cheio?

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Na hora de pedir o café cada um tem a sua preferência. Ora sem princípio, ora pingado, ora curto, ora comprido, as variações são quase infinitas. Acompanhadas destas escolhas estão, muitas vezes, crenças sobre o teor de cafeína de cada opção. Uma destas ideias está relacionada com a tese de que o café curto tem mais cafeína do que o cheio e que, por isso, os seus efeitos são mais visíveis. Mas será esta perceção uma realidade ou um mito?

É verdade que o café curto tem mais cafeína do que o cheio?

Em declarações ao Viral, o nutricionista Filipe Sousa adianta ser “mito que o café curto tenha mais cafeína do que o café cheio”, porque “à medida que mais se vai extraindo o café mais se vai extraindo cafeína”, isto “até a um certo ponto em que já não se consegue extrair mais”. 

O fundador da The Mile Sports Nutrition explica que embora seja possível a versão curta ter “maior concentração de cafeína por volume de copo” isso não significa um maior “teor absoluto” de cafeína por porção.

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Assim sendo, o facto de a cafeína “estar mais concentrada num café curto ou menos concentrada num café cheio não vai fazer diferença do ponto de vista de absorção” nem “na ativação dos efeitos” deste componente.

Noutro plano, Filipe Sousa esclarece que, tal como se pode verificar num estudo sobre o teor de cafeína das cápsulas da marca Nespresso, também “a intensidade do sabor não tem nada que ver com o teor de cafeína”.

Segundo as conclusões do estudo publicado na Nutrition and Health, nas amostras analisadas, “o teor de cafeína não estava relacionado com a classificação da intensidade da cápsula”.

Quais as alternativas com menos cafeína?

Para quem “não quiser consumir cafeína mas gostar do sabor do café”, os descafeinados são “a melhor opção”, porque têm um teor de cafeína “residual”.

Por outro lado, para quem quiser apenas reduzir a quantidade de cafeína ingerida “os chás acabam por ser opções viáveis”. 

“O chá verde e o chá preto já têm alto teor de cafeína comparados com um chá normal, mas acaba por não se aproximar do teor presente nos cafés”, conclui.

Importa sublinhar que a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar considera que consumos “de até 400 mg de cafeína por dia [cerca de três cafés] não levantam preocupações de segurança para adultos saudáveis na população em geral”. Fora destas contas estão as grávidas que deverão consumir, no máximo, 200 mg por dia.

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Categorias:

Alimentação

Etiquetas:

Café | Cafeína | Descafeinado

17 Jan 2023 - 08:00

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