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Cardiologia

Pode fazer exercício físico depois de ter um ataque cardíaco? Sim, mas de forma moderada

3 Mar 2022 - 10:00

Cardiologia

Pode fazer exercício físico depois de ter um ataque cardíaco? Sim, mas de forma moderada

Depois de se sobreviver a um ataque cardíaco, é normal o paciente ter dúvidas sobre o que pode ou não fazer. A atividade física é uma das principais questões: uma vez que o esforço pode aumentar o ritmo cardíaco, será que um paciente que sofreu um ataque cardíaco deve evitar fazer exercício?

Na verdade, o exercício físico é importante para a recuperação e deve incluir a atividade física na rotina assim que seja possível – mediante a indicação do seu médico. “Estudos avançam que os sobreviventes de ataques cardíacos que fazem regularmente atividade física e que fizeram outras mudanças de saúde cardíaca vivem mais tempo do que os que não o fazem”, afirma a Associação Americana do Coração. Recomendam até a prática de, pelo menos, duas horas e meia de atividade física de intensidade moderada por semana.

Um estudo da Associação Americana do Coração, que analisou 22.227 pessoas que tiveram ataques cardíacos, concluiu que até os pacientes com um nível baixo de atividade física durante o primeiro ano de recuperação tinham uma redução da probabilidade de morte nos anos seguintes. Os pacientes que reportaram ter tido um aumento de atividade física entre as duas consultas de acompanhamento demonstraram ter menos 57% de probabilidade de morrer nos quatro anos seguintes, comparando com as pessoas que não faziam qualquer atividade física. A probabilidade descia ainda mais – menos 71% – quando os pacientes eram constantemente ativos.

Para iniciar a atividade física depois de recuperar de um ataque cardíaco, deverá falar com o seu médico para saber quais os exercícios mais apropriados à sua condição. Comece por uma intensidade leve e, caso fique extremamente cansado, com tonturas ou até falta de ar, poderá parar para descansar a qualquer momento. Beba água antes e depois da atividade física e evite fazer exercício logo depois de comer ou de beber álcool. É também aconselhável ter consigo o seu telemóvel – caso seja necessário pedir ajuda – e os medicamentos receitados pelo médico.

A Fundação australiana do Coração recomenda aos doentes que sofreram ataques cardíacos para optarem por caminhadas diárias de cinco a dez minutos, que poderão ir gradualmente aumentando até aos 30 minutos. “Está provado que caminhar ajuda a controlar o peso, a pressão arterial e o colesterol, reduz o risco de desenvolver alguns cancros, mantém a sua densidade óssea, reduzi o risco de osteoporose e fraturas e aumenta o balanço e coordenação, reduzindo os riscos de queda e lesões.”

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A prática de desporto pode atuar também como forma de prevenir os ataques cardíacos, uma vez que um dos fatores de risco da doença é a obesidade. “Não ter atividade física suficiente pode levar a doença cardíaca. Poderá também aumentar as possibilidades de ter outras condições médicas que são fatores de risco, incluindo a obesidade, a elevada pressão arterial, colesterol alto e diabetes. Atividade física regular pode diminuir o risco de doença cardíaca”, avança o Centro norte-americano de Controlo e Prevenção da Doença.

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3 Mar 2022 - 10:00

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