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Doenças cardíacas

Não é verdade que os jovens não têm de preocupar-se com a possibilidade de sofrer ataques cardíacos

Durante juventude, as doenças cardíacas parecem estar a muitos anos de distância. Os dados confirmam que maior parte da doença cardiovascular atinge pessoas com mais de 60 anos. Mas será que, por isso, os jovens não precisem de se preocupar com esta doença?

1 Dez 2021 - 01:27

Doenças cardíacas

Não é verdade que os jovens não têm de preocupar-se com a possibilidade de sofrer ataques cardíacos

Durante juventude, as doenças cardíacas parecem estar a muitos anos de distância. Os dados confirmam que maior parte da doença cardiovascular atinge pessoas com mais de 60 anos. Mas será que, por isso, os jovens não precisem de se preocupar com esta doença?

As doenças cardíacas estão muito associadas a idades mais avançadas. Estudos mostram que a maior parte dos pacientes que desenvolveram doença cardiovascular têm mais de 60 anos. Mas será que a doença só atinge os mais velhos e os jovens não precisam de se preocupar?

Segundo dados disponibilizados pela faculdade de medicina de Harvard, 21% dos homens e 10% das mulheres entre os 20 e os 39 sofrem de doenças cardiovasculares. A percentagem vai subindo gradualmente à medida que a idade aumenta, sendo a partir dos 60 anos que se registam a grande maioria dos casos.

A Associação Americana do Coração avança que um em cada três norte-americanos tem doença cardiovascular, mas nem todos são cidadãos seniores. Até jovens e pessoas de meia-idade podem desenvolver problemas de coração – especialmente tendo em conta os elevados casos de obesidade, diabetes tipo 2 e outros fatores de risco nas crianças e adolescentes.

Além de ser possível sofrer de doença cardíaca em idades mais jovens, é também nessa altura que se começam a combater alguns dos fatores de risco. A Associação Americana do Coração destaca a importância de desenvolver uma vida saudável desde a infância: “Desde a infância e adolescência, a placa [bacteriana] pode começar a acumular-se nas artérias e levar mais tarde a artérias coaguladas.”

A obesidade infantil é um problema que se tem agravado ao longo das últimas décadas. Em Portugal, segundo dados divulgados em 2020 pela Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, 29,6% das crianças têm excesso de peso e 12% apresentam um quadro de obesidade.

Também a Organização Mundial de Saúde considera este um dos principais desafios de saúde pública do século XXI. “A prevalência de obesidade no mundo quase que triplicou entre 1975 e 2016”, alerta a OMS, revelando que, “em 2019, estimava-se que 38,6 milhões de crianças com menos de cinco anos tinham excesso de peso ou eram obesos”.

“A obesidade infantil está associada a uma maior possibilidade de obesidade, morte prematura e incapacidade na vida adulta. Mas, além do aumento dos riscos futuros, as crianças obesas apresentam dificuldades respiratórias, aumento do risco de fraturas, hipertensão, marcadores precoces de doenças cardiovasculares, resistência à insulina e efeitos psicológicos”, esclarece.

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Por isso, apesar de as doenças cardíacas terem uma maior prevalência entre a população mais velha (a partir dos 60 anos) isso não quer dizer que os jovens não possam desenvolver problemas cardíacos. É também na juventude que se deve iniciar um estilo de vida saudável, de forma a prevenir problemas no futuro. Uma das questões a ter em conta é, precisamente, a obesidade infantil que diminui a esperança e qualidade de vida do indivíduo, uma vez que é um fator de risco para várias doenças – incluindo para o ataque cardíaco.

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1 Dez 2021 - 01:27

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