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Retinol. Quais os benefícios? E como usar?

O retinol é o ingrediente mais destacado em vários anúncios de produtos cosméticos. Mas quais os seus benefícios? E como podem (e devem) ser usados estes produtos?

16 Dez 2022 - 10:27

Retinol. Quais os benefícios? E como usar?

O retinol é o ingrediente mais destacado em vários anúncios de produtos cosméticos. Mas quais os seus benefícios? E como podem (e devem) ser usados estes produtos?

Nos anúncios publicitários e nas redes sociais, quando se fala em produtos de cuidados para a pele antienvelhecimento, há um elemento que assume quase sempre o papel de protagonista: o retinol. Em vários posts, defende-se que este ingrediente – que é uma forma da vitamina A – melhora a textura da pele, ajuda na redução da oleosidade e auxilia na prevenção dos sinais visíveis do envelhecimento da pele.

Em declarações ao Viral, a pós-graduada em Cosmetologia Avançada, doutoranda em Ciências Farmacêuticas e autora do “Livro da Pele”, Marta Ferreira, explica quais os benefícios do retinol e como usar os produtos que contêm esta forma da vitamina A.

Quais os benefícios do retinol?

Retinol

Marta Ferreira começa por explicar que a vitamina A “intervém em processos do metabolismo da pele naturalmente, sendo essencial para estimular a renovação da nossa epiderme (camada mais superficial da pele)”. Por outro lado, “a nível da derme (camada da pele abaixo da epiderme), o retinol intervém também na estimulação da produção de colagénio”. 

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Além disso, a vitamina A tem um papel importante “na regulação das glândulas sebáceas”, sendo utilizada em medicamentos – como a isotretinoína – “no tratamento de doenças como a acne”.

Já no âmbito da pele saudável, a farmacêutica adianta que o retinol é utilizado, por exemplo, em produtos “dirigidos para pessoas com tendência a desenvolver lesões acneicas” e também “como preventivo e com algum poder corretivo dos sinais visíveis do envelhecimento da pele, nomeadamente rugas, mas também (de uma forma mais ligeira) flacidez e manchas”.

No mesmo sentido, este ingrediente também “promove a renovação natural da pele”, ajudando a uniformizar a textura da pele.

“Quando nós adicionamos retinol à nossa rotina, até é normal, nos primeiros tempos, sentirmos uma descamação mais exacerbada, que é este ajuste da descamação natural da pele, mas depois ela torna-se menos visível e a pele torna-se visivelmente mais suave, menos áspera”, sustenta.

Dentro da mesma linha de pensamento, a Academia Americana de Dermatologia vinca, num artigo publicado no seu site oficial, que, “quando aplicado diariamente, um creme com retinol pode ajudar a prevenir o envelhecimento prematuro da pele”.

Como usar produtos com retinol?

Retinol

Questionada sobre os cuidados a ter no uso de produtos com retinol, Marta Ferreira defende que “os consumidores devem sempre privilegiar a informação da marca e das rotulagens acima de qualquer outra informação”.

Nesse plano, detalha a farmacêutica, “dependendo quer da concentração do retinol que o fabricante escolher usar, quer do produto como um todo – porque há produtos que podem ter concentrações elevadas, mas depois ter uma penetração mais retardada -, o fabricante vai indicar na rotulagem qual é o conselho de utilização mais adequado para aquele produto em concreto”.

A autora do “Livro da Pele” acrescenta que “há produtos que contêm retinol em concentrações tão baixas que podem ser usados diariamente” e que, habitualmente, se recomenda a aplicação destes cosméticos à noite.

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“Estes produtos são geralmente usados à noite não porque o retinol torne a pele mais sensível ao sol, mas porque o retinol torna a pele mais sensível como um todo e, acima de tudo, porque o retinol se degrada com a luz solar”, explica.

Por outro lado, a farmacêutica aconselha os consumidores a introduzirem estes cosméticos na rotina de forma faseada.

“Para quem nunca usou produtos com retinol aquilo que se recomenda, – sobretudo se a pessoa tem alguma suspeita de que não vai tolerar o produto-, é que comece a usar o produto uma noite por semana e faça isto durante duas semanas para ver como a pele reage”, começa por aconselhar.

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Depois, o consumidor “pode ir aumentando a frequência de utilização consoante a tolerância que a pele demonstra”, ou seja, “nas duas semanas seguintes, pode passar a aplicar duas vezes por semana, e depois progride para três”.

Ainda assim, “se vir que a pele começa a ficar vermelha ou a descamar de forma muito intensa ou se sentir sensação de picada ou prurido nas zonas afetadas, deve parar de usar o produto até que os sintomas cessem”.

Quando os sintomas passarem, a menos que tenham sido muito severos, “pode reintroduzir o produto, voltando à frequência com que se sentia confortável”, conclui.

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Pele

16 Dez 2022 - 10:27

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