Passear o cão: Cuidados a ter em dias de chuva e frio
Quem vive com um cão sabe que passeá-lo é uma tarefa diária fundamental, não só para garantir algumas das suas necessidades fisiológicas, mas também para que o animal socialize e gaste energia. Contudo, com a chegada do inverno, que traz consigo o frio e a chuva, esta tarefa pode tornar-se complicada.
Tal como os seres humanos, os cães também têm sensibilidade ao frio (uns mais do que outros) e as condições meteorológicas adversas podem afetar a sua saúde. Que cuidados se devem ter quando se passeia um cão em dias de chuva e frio?
Em esclarecimentos ao Viral, Sérgio Alves, diretor clínico do Hospital Veterinário de Gaia, explica que precauções devem ser tomadas antes, durante e depois de passear um cão em dias de chuva e frio.
Quais os cuidados a ter quando vai passear o cão em dias de chuva e frio?
Antes do passeio
Em dias de muita chuva ou de temperaturas muito baixas, é importante perceber primeiro
se o cão “tem mesmo de sair ou se há um local alternativo onde ele possa fazer as suas necessidades e o exercício”, começa por avançar Sérgio Alves.
Existem “muitas atividades alternativas” para manter um cão “entretido e exercitado dentro de casa”, ao “brincar com ele, recorrendo a treino de obediência” e “jogos de enriquecimento ambiental”.
Atualmente, também “existem vários hotéis caninos e creches que lhes permitem ter companhia de outros animais e pessoas, aumentando a socialização”, acrescenta.
No entanto, quando é necessário passear o cão em dias de chuva e frio, é importante ter alguns cuidados.
A utilização de roupa impermeável e de certos acessórios pode ser útil na proteção contra a chuva.
“Existem disponíveis no mercado inúmeros acessórios de proteção para a chuva, como roupas impermeáveis para os cães, capas, chapéus e guarda-chuvas”, que garantem que os animais “permanecem secos durante o passeio”, explica Sérgio Alves.
Em relação ao frio, dependendo do cão, usar roupa quente também pode ser benéfico. Por exemplo, refere, “por norma, os cães e gatos de pelo curto são mais sensíveis ao frio”.
Por outro lado, “as raças de pelo comprido, como os de pastoreio, e as que têm pelo e subpelo, como os huskies siberianos ou os malamutes, estão mais bem preparados para as condições temporais mais adversas”.
Para que o cão não tenha frio no inverno, é importante não rapar o pelo do animal, já que “um pelo mais comprido proporciona mais calor”, salienta-se num texto informativo, publicado no site da Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (ASPCA, na sigla inglesa).
Se o cão tiver “pelo comprido, basta apará-lo para minimizar as bolas de gelo agarradas”, acrescenta-se.
Antes de sair com o cão para qualquer sítio, deve-se garantir que o animal tem “microchip que, além de ser uma obrigação legal, permite que os animais sejam mais facilmente identificados”, refere Sérgio Alves.
Existem, também, “sistemas identificadores colocados na coleira” que permitem localizar os animais “em caso de fuga”, realça.
No decorrer do passeio
“Passear com um cão em dias de chuva pode ser bastante desafiante”, reconhece o veterinário.
Mas, ao fazê-lo, deve “preferir áreas com abrigos ou zonas arborizadas”, que permitam oferecer “proteção para o mau tempo, evitando zonas abertas e expostas” que possam deixar os cães “encharcados”, sugere.
Durante o passeio, é fundamental que o cão use “sempre trela e coleira para evitar a fuga” e para que se possa “conseguir conduzir” o animal “por sítios seguros”.
Nesse sentido, destaca o especialista, deve-se “evitar áreas alagadas ou encharcadas, que podem representar perigos ocultos, como buracos ou objetos afiados, que podem provocar feridas ou lacerações cutâneas” (ver também aqui).
O ideal é que, durante um passeio à chuva e ao frio, o cão esteja “protegido com algo impermeável” e que se mantenha em movimento, para não arrefecer.
Em termos de duração, em condições meteorológicas adversas, os passeios devem ser mais curtos, de forma a preservar o bem-estar do animal (ver aqui).
Quando o passeio acaba
Ao chegar a casa, o cão “deve ser bem seco”, com a ajuda de “um secador e toalhas absorventes”, propõe Sérgio Alves.
Dessa forma, evita-se “condições predisponentes ao aparecimento de infeções respiratórias, nas patas, na pele ou otites”.
Se, no final do passeio, notar “alguma alteração no comportamento do animal, nomeadamente se ele deixar de comer ou ficar mais parado, deve consultar o seu veterinário”, recomenda o especialista.
É importante lembrar que todos os cães “devem ter sempre atualizados o seu esquema de vacinação e as desparasitações internas e externas, pois esta é a forma mais fácil de evitar que contraiam qualquer doença infeciosa ou parasitária”, salienta o veterinário.
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