
Passa de pessoa para pessoa? Como se transmite a legionella
A Presidência da República confirmou esta semana que foi detetada a presença da bactéria legionella nas águas quentes de uma casa de banho da residência oficial do Presidente da República, em Belém, tendo o risco sido considerado “moderado” e a divisão, de “imediato, isolada por precaução”.
A legionella é a bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia que se manifesta por sintomas semelhantes aos da gripe, mas que pode ter complicações graves. Mas como se transmite a legionella? Passa de pessoa para pessoa?
Como se transmite a legionella?
A legionella pode ser encontrada em circuitos de água, nomeadamente em locais de formação de aerossóis, como, por exemplo, “torneiras ou chuveiros, fontes ornamentais, sistemas de rega, banhos turcos, jacuzzis e saunas, torres de arrefecimento de sistemas de ar condicionado e equipamentos de humidificação”, tal como a explica a Direção-Geral da Saúde (DGS) num texto de “perguntas e respostas” sobre a doença dos legionários.
A mesma fonte adianta que “as pessoas são infetadas quando respiram aerossóis contaminados com a bactéria, ou seja, através da inalação da bactéria legionella presente em aerossóis formados por partículas finas de água”.
Assim sendo, esclarece a DGS, “a legionella não entra no organismo através da ingestão de água, mas sim da respiração de aerossóis (em forma de gotículas de água) contaminados com a bactéria”.
À pergunta “posso ser infetado por uma pessoa que tenha a doença [dos legionários]?”, a DGS refere que “há apenas um caso descrito na literatura de possível transmissão de pessoa-a-pessoa”.
A mesma visão é partilhada num texto publicado no site do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido em que se explica que, “normalmente, não se contrai a doença” através de “outras pessoas com a infeção”.
Quais os sintomas e possíveis complicações da infeção por legionella?
Segundo a DGS, os sintomas da infeção por legionella são semelhantes aos da gripe, nomeadamente “dor de cabeça, tosse, febre, fadiga, falta de ar, dores musculares, diarreia e dor abdominal”.
Já as complicações mais graves podem incluir: “insuficiência respiratória; abcessos pulmonares; infeção generalizada e danos noutros órgãos além dos pulmões; meningite e morte”.
O diagnóstico é feito “através da identificação de sintomas e realização de exames laboratoriais” e a infeção é “tratada com medicamentos”.