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Como agir em caso de intoxicação? E como evitar esse cenário?

17 Mai 2023 - 04:24

Como agir em caso de intoxicação? E como evitar esse cenário?

A intoxicação por “produtos farmacêuticos, químicos industriais, pesticidas, produtos químicos e toxinas naturais” é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) “um problema significativo de saúde pública a nível mundial”. 

Por isso, várias instituições nacionais e internacionais ligadas à saúde disponibilizam online vários textos informativos sobre o tema. Como prevenir uma intoxicação? E como agir perante este cenário?

O que é uma intoxicação?

Segundo um texto informativo publicado no balcão digital do Serviço Nacional de Saúde (SNS), “uma intoxicação corresponde a uma exposição indevida ou em quantidade suficiente, por ingestão, inalação, injeção, contacto da pele ou ocular, a uma substância ou produto que pode provocar alterações no organismo ou mesmo levar à morte”.

No mesmo sentido, num texto publicado no site do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, alerta-se que “a maioria dos casos de intoxicação ocorre em casa”. Por isso, aconselha-se, deve haver um cuidado especial com “as crianças com menos de 5 anos”, que são as que correm maior risco de envenenamento acidental.

Como explica a mesma fonte, existem vários “tipos de venenos” que podem causar uma intoxicação. A overdose de medicamentos é muito comum, mas outros produtos também podem pôr em perigo a vida de uma pessoa.

Alguns deles são, por exemplo, “produtos domésticos” (como a lixívia), “cosméticos” (como vernizes), “pesticidas”, “monóxido de carbono”, “álcool”, “drogas”, “alimentos preparados ou contaminados” e “alguns tipos de plantas ou fungos”.

Apesar de as cobras e alguns insetos não serem venenosos, a verdade é que “as suas mordidas ou picadas podem conter veneno”, salienta-se.

Como prevenir uma intoxicação?

Os dados partilhados no site do SNS indicam que, “anualmente, o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) recebe cerca de 30 mil chamadas, das quais 30% correspondem a situações que envolvem crianças”. 

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Destaca-se ainda que em 90% dos casos o contacto com o tóxico é feito por ingestão. Os medicamentos são o “principal agente envolvido” (50% dos casos) e os detergentes representam, em média, 20%, esclarece-se.

As organizações de saúde a nível mundial consideram que as intoxicações são quase sempre evitáveis

Nesse sentido, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América reúne, num documento, uma série de dicas que permitem evitar envenenamentos não intencionais. 

Manter os produtos químicos nas embalagens originais, não utilizar recipientes para alimentos (como copos, garrafas ou frascos) para guardar produtos químicos, “nunca deixar as crianças sozinhas com produtos domésticos ou medicamentos” e ler e seguir as instruções de todos os produtos domésticos são algumas das práticas aconselhadas.

Quanto à intoxicação por monóxido de carbono, também existem medidas específicas que a adotar, nomeadamente “fazer a manutenção de sistemas de aquecimento, de aquecedores de água e de todos os outros aparelhos a gás, óleo ou carvão” e não utilizar “um fogão ou lareira que não seja ventilado para o exterior”.

Quais os sinais de intoxicação? 

Os sintomas desencadeados por uma intoxicação podem diferir consoante o tipo de exposição. Por um lado, o contacto da pele com produtos químicos “pode resultar em queimaduras graves que precisam de cuidados urgentes”, destaca-se num texto publicado no site do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). 

“A localização das lesões normalmente surge na parte do corpo exposta ao químico”, aponta-se. No entanto, “pode ser absorvido pelo organismo e apresentar alterações noutras regiões do corpo”, explica-se. 

Assim, os sintomas desencadeados por esta exposição podem ser “vermelhidão (e possível formação de bolhas), comichão, inchaço e queimaduras”.

Por outro lado, a exposição de químicos nos olhos “pode provocar lesões graves e até cegueira”. Os sinais comuns, neste caso, são “dor e vermelhidão, lacrimejo e irritação, incapacidade de abrir os olhos, pálpebras inchadas, perda de visão ou vista turva”.

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Além disso, a intoxicação por ingestão pode provocar “queimaduras ou bolhas (junto da boca), fortes dores de barriga, vómitos e diarreia (com a possibilidade da presença de sangue), dificuldade respiratória, convulsões, alterações da consciência (desmaios, sonolência, agitação)”.

Como agir em caso de intoxicação?

Caso esteja perante uma situação de intoxicação, os conselhos disponibilizados nos sites do SNS e do INEM passam por, em primeiro lugar, “manter a calma” e “não se precipitar”, mas também “não perder tempo”. 

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Para tal, é necessário contactar o Centro de Informação Antivenenos (CIAV), através do número 800 250 250, e responder às perguntas do médico que atender a chamada.

Se, por algum motivo, não for possível ligar ao CIAV, é aconselhado ligar para o 112 ou levar a vítima ao hospital mais próximo. Nesse caso, é importante “levar as embalagens dos produtos que originaram a intoxicação”, conclui-se.

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Intoxicação

17 Mai 2023 - 04:24

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